Dói-me a barriga.
Dói-me o ventre.
Dói-me a cabeça.
Quase todos os dias.
Estou cansada, hoje.
Não só hoje.
Dormi mais meia-hora do que devia, sim, cheguei atrasada.
Teve de ser.
Falta-me o sol e umas 14 horas de sono.
Falta-me o mar e uma nova cor de pele.
Falta-me o tempo.
Que não vou ter.
Dói-me as palavras. Dói-me as distracções.
Dói-me a falta de espaço.
Dói-me a falta de liberdade para escrever como sempre escrevi.
Custa-me não poder virar a cabeça e ver o que se passa do outro lado da rua.
Dói-me o perfeccionismo alheio que se atravessa à minha frente.
O que faço não me completa mas não desgosto de o fazer.
Porquê sou tão insatisfeita?
Acabamos sempre por ter de nos conformar.
Porque pode não ser excelente mas também não é mau de todo.
Dias cinzentos em que estes são os pensamentos que nos abafam a luz.
Prometo que amanhã me desforro em coisas boas.
Porque eu mereço.
(saudades daquele sítio)
4 comentários:
vá lá não te doi o rabiosque
Pois é...
Mais um blog..
Mais um igual a outros tantos. Maus.
Sei que não vais aceitar este post...
mas agora dizes tu:então e se não gostas porque é que lês?
e eu respondo: porque este, porque aquele, porque sim!
e ainda comento: Achas que lá porque divides uma frase em 5 linhas...lá porque repetes a mesma palavra várias vezes no mesmo parágrafo...lá porque..sim... que isto é poesia?? Mas não é...
Das duas uma: ou páras de escrever (a melhor hipótese para mim), ou deixas de escrever coisas só porque sim, só porque até vai parecer profundo (que não parece nada, asseguro-te), só porque....Epah..não escrevas..vamos ficar pela primeira hipótese só...ok?
Há lugares que nunca se esquecem...
Assim como também há gente que gosta de comentar blogues só para chatear...
E que tal ficarmos pela hipótese na qual o Sr. Anónimo arranjava uma vidinha porreira, daquelas em que as pessoas são ocupadas e têm mais que fazer do que chatear a vida alheia, hein? Esta parece-me bem mais razoável. Que tal? Porque até onde eu sei ninguém o obriga a ler o que não gosta. ´
Eu, que sou uma pessoa que gosta de exemplos concretos, passo a explicar como é que isso se faz (isso de "ter uma vida" e "não gosta não lê"): 1º arranja namorado/a, começa a passar mais tempo em actividades extra laborais e que até onde se sabe até fazem bem à saudinha e assim deixa de ter tempo para ler o que não gosta; 2º se não tem feitio para essas coisas do amor também não é difícil. Passo novamente a explicar, eu até gosto de ver o Benfica ganhar e ser campeão... Mas coisa que eu não tenho é paciêciazinha nenhuma pra jornais desportivos, gosto bem mais de navegar por meia dúzia de sites noticiosos, ou agarrar da Vogue e devorá-la como se fosse a última. Vá, diga lá, "que fútil que ela é...", olhe pelo menos leio o que gosto e não chateio ninguém! Sou eu e a minha paz de espírito, as duas em harmonia com o que de mais fútil há no mundo =)
Gostou dos exemplos? É que assim de repente também não me ocorre mais nenhum. Pense nisso: não gosta, não lê, não chateia! Sim, isto de não chatear os outros é um ciclo vicioso, mas saudável. Vai ver que não se vai arrepender e ainda é bem capaz de ir deireitinho para o céu.
E tu baby =) escreve! Escreve de tudo e mais alguma coisa. Do que dói, do que te sabe bem, do que não gostas, do que te enerva, do que te faz chorar, sorrir... Enfim, as hipóteses são infinitas. Mas continua sempre a escrever de tudo aquilo que bem te apetecer! Então andaram eles a fazer uma revolução tão bonita de ser ver, que até cravos tinha, para uma pessoa agora não deitar cá para fora tudo o que lhe vai na alma?! Isso é que era bom! Escreve e escreve muito! Nem que seja para meter nojo às pessoas que não gostam, mas mesmo assim lêem =)
Beijoooo*
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