Ginásio

Voltei ao ginásio. Confesso que nem gosto de lhe chamar ginásio. É mais um "centro de exercício" com treinos de 30 minutos em circuito, cuja dificuldade é mínima podendo ser feito por senhoras de 70 anos. A intensidade com que se faz, depende de cada uma. E falo no feminino porque aqui não entram homens. É perfeito para senhoras de meia-idade, que querem estar 30 minutos sem pensar no jantar do marido ou nas camisas para engomar, que querem fofocar e sabem os nomes umas das outras. Já as meninas monitoras são do mais cínico que existe. Sempre de sorriso amarelado e vozinha de beta-mete-nojo, prontinhas a debitar o texto que o marketing as obrigou a decorar nas formações. «Não se esqueça dos seus objectivos, vá...», «Então até amanhã, C...», como se alguém tivesse paciência para treinar todos os dias. Não admiro o ambiente e tenho consciência que o treino não é, nem pouco mais ou menos, "agressivo".

Mas, (e tinha de haver um mas) eu vou.

E é aqui que reside a diferença. Fica a 1 minuto a pé de minha casa, entro e saio às horas que quero, não é caro (comparado com os ginásios em que pagas uma mensalidade abrupta por condições e serviços que, convenhamos, não se usam todos os dias), faço um treino cardiovascular e de máquina hidráulicas durante 30 minutos (ou mais se quiser) e estou despachadinha numa hora (com duche e tudo e tudo)... No fundo não tenho razões para "me cortar" como fazia em todos os ginásios onde estive. E, por isso, e só por isso porque odeio ginásios, resulta.

Se 30 minutos de um circuito perfeito para velhas é um bom treino? Depende. Para mim, que fumo, passo 10h sentada ao computador, não corro, não ando a pé, não subo escadas e nem tenho ido dançar, sim é bom. É melhor que nada. E mal não faz com certeza.